segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Video / Paralisia cerebral

O que é ler? Para que ler

É uma pergunta que parece ser simples, mas que se pensada torna-se um pouco complexa. Mas, acredito que ler é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção de significado do mundo. É conhecer algo que pode ou não está ao nosso alcance. Às vezes muito longe, mas, através dos objetos de aproximação que são veículos de comunicação. Este que se dizia distante fica cada vez mais perto. Ler e perceber o mundo a nossa volta. É viajar sem sair do lugar.

Para que ler? Para conhecer o mundo, para aprimorar os conhecimentos. Para viajar ou está em diversos lugares ao mesmo tempo.
Agente ler para discordar ou não das coisas a nossa volta. Tornando assim uma prática social, que sempre será um meio nunca um fim.

Através da leitura ficamos informados sobre os acontecimentos. Agente ler para saciar vontades, ou por uma necessidade, ler para escrever bem. É através da leitura que o leitor se encanta ou muitas vezes se desencanta. Este é um processo que nos possibilita ter sempre uma visão diferente dos acontecimentos ao nosso redor, discordando ou não. Enfim, ler para ampliar a visão de mundo e participar ativamente da cultura letrada.
O QUE È PARALISIA CEREBRAL

A paralisia cerebral é o nome que se dá a um grupo de problemas motores (relacionados aos movimentos do corpo) que começam bem cedo na vida e são o resultado de lesões do sistema nervoso central ou problemas no desenvolvimento do cérebro antes do nascimento (problemas congênitos). Algumas crianças com paralisia cerebral também têm desordens de aprendizagem, de visão, de audição e da fala. Embora a lesão específica do cérebro ou os problemas que causam paralisia cerebral não piorem, os problemas motores podem evoluir com o passar do tempo.
Na maioria dos casos de paralisia cerebral, a causa exata é desconhecida. Algumas possibilidades incluem anormalidades no desenvolvimento do cérebro, lesão cerebral do feto causada por baixos níveis de oxigênio (hipóxia perinatal) ou baixa circulação do sangue, infecção, e trauma. Acreditava-se que as lesões por baixo fluxo de oxigênio durante o trabalho de parto eram as causas mais comuns de paralisia cerebral, mas agora os pesquisadores acreditam que os problemas no parto são a causa na minoria dos casos. Outras possíveis causas incluem: icterícia grave do recém-nascido, infecções na mãe durante a gravidez, problemas genéticos ou outras doenças que fazem o cérebro desenvolver anormalmente durante a gravidez. A paralisia cerebral também pode acontecer depois do nascimento, como quando há uma infecção do cérebro (encefalite) ou um trauma de crânio.
A paralisia cerebral é a desordem motora mais comum da infância. Acontece em aproximadamente de 1 - 2 para cada 1,000 nascidos vivo, com o risco mais alto entre os bebês prematuros, crianças de baixo-peso-ao-nascimento (menos de 1,5 Kg), e em gravidezes complicadas por infecções ou condições que causam problemas com o fluxo de sangue para o útero ou para a placenta. A paralisia cerebral geralmente é uma condição de longa duração (crônica), mas em geral não piora. Algumas crianças são severamente afetadas e têm dificuldades para o resto da vida. Outros podem ter sintomas leves de paralisia cerebral durante a infância, mas depois desenvolvem tônus muscular normal e habilidades motoras. Embora estas crianças possam continuar tendo reflexos tendinosos profundos anormais, elas podem não experimentar problemas significativos no movimento em suas vidas diárias.
Em alguns casos, os sintomas de paralisia cerebrais mudam com o passar do tempo. Por exemplo, o tônus muscular diminuído (hipotonia) na infância pode evoluir para tônus muscular aumentado (hipertonia) com o avançar da idade.

atividade de alfabetização

Plano de aula.
Conteúdo-Leitura de uma lista com nomes de frutas.

Objetivo Geral-Que os alunos avançam na reflexão sobre as estratégias de leitura e passam ter hábitos de leitura para se tornarem leitores autônomos.

Justificativa - É de grande importância saber como estar o andamento no/do processo de alfabetização nesta escola. Sabendo que o resultado desta avaliação diagnóstica trará ótimos resultados dependendo de ser positivo ou não o resultado desta avaliação.

Conteúdo Conceitual-
*Escuta da apresentação do trabalho que será feito na sala de aula lida pela professora.
*Compreensão de como será realizada a tarefa de leitura.
*Leitura da lista pela professora.
*Apresentação das figuras sobre as frutas em um cartaz.

Conteúdo Procedimental-
*Utilização de indicadores para fazer antecipações, inferências, socialização, verificação.
*Marcação da resposta.
*Socialização com os colegas sobre o que você fez para conseguir ler á palavra e identificar a figura apresentada.
*Interesse para ler a palavra antes mesmo de saber ler convencionalmente.
*Interesse de identificar a figura apresentada pela professora.

Conteúdo Atitudinal-
*Perseverança e esforço e disciplina na busca de solução para realizar a tarefa de leitura.
*Desenvolvimento de atitudes favoráveis para aprendizagem de uma leitura convencional.

Objetivo Conceitual-*Escutar apresentação do trabalho que será feito na sala de aula lida pela professora.
*Compreender de como será realizada a tarefa de leitura.
*Ler e apresentar a listagem para a classe.

Objetivo Procedimental-*Utilizar os indicadores para fazer antecipações, inferências, socialização, verificação.
*Marcar da resposta.
Socializar com os colegas sobre o que fez para conseguir ler a palavra indicada.
*Interessar para ler antes mesmo de saber ler convencionalmente.

Objetivo Atitudinal_
*Perseverar e esforçar e disciplinar para a busca de solução para realizar a tarefa de leitura.
*Desenvolver atitudes favoráveis para aprendizagem de uma leitura convencional.
Avaliação.
Deixar os alunos observar, pensar e ler do jeito que sabe para eles adquire as competências necessárias para que avancem no processo.
Compreensão e utilização das estratégias se tornando um leitor autônomo.
Fazer provocações referentes a leitura para que eles se sintam estimulados e tenha gosto pela leitura para ter uma leitura convencional.

Materiais utilizados.
*Papel metro.
*Cartaz
*Piloto atômico.
*Figuras das frutas.
*Listagem com os nomes das frutas.
*Folhas de oficio
*Texto digitado
Consigna.
Bom dia pessoal vou realizar com vocês uma avaliação diagnóstica que é a leitura de uma lista com nomes de frutas, e as figuras das frutas para saber quem já sabe ler e o que precisamos fazer para aqueles que ainda não sabem ler e que apresentam com certa dificuldade.


ATIVIDADE COM ALUNOS DE 04 E 05 ANOS
1)MARQUE O X NO QUE A PRÓ PEDIR.

□MORANGO
□MELÃO
□PINHA
□LARANJA
□GOIABA
□MELÃNCIA
□MANGA
□BANANA
□UVA
□PÊRA



Relatório da atividade
‘(...) O educador é parte de tarefa mágica capaz de encantar crianças jovens e adolescente, o que é bem diferente de simplesmente dar aula. Dá aula é só dar alguma coisa. “Ensinar é muito mais fascinante.” ( Rubens Alves)
Hoje os grandes objetivos da Educação é ensinar a aprender, ensinar a fazer, ensinara ser, ensinar a conviver, desenvolver a inteligência e ensinar a transformar informações em conhecimento.
Por tanto para atingir esses objetivos, o trabalho de alfabetização precisa desenvolver o letramento. Ser letrado significa saber ouvir, falar, ler e escrever para fazer uso destas competências em situação de participação social.
É nessa perspectiva que as atividades diversificadas são oferecida, de forma interdisciplinar e contextualizada, isto é que abrange as diversas áreas do conhecimento e que tenham significados para as crianças no seu dia a dia.
Ainda assim sabemos que as crianças não aprendem igualmente e sim que cada uma deve ser respeitada em seus limites, considerando suas potencialidades.
Pensando neste contexto, realizamos no grupo de 04 e 05 anos classe multisseriada co os alunos e alunas: QUÉLITA 05, MARIA EDUARDA 04, FELIPE 05, MANOELA 04, DOUGLAS 05, STEFANI 05, VALÉRIA 05,uma atividade proposta pela professora Geovana Zen, orientadora do curso de alfabetização, para que possamos saber qual a hipótese de leitura se encontram estas crianças; com todo diagnóstico em mãos passaremos para a professora regente, assim ela possa realizar atividades com os mesmos separando por níveis.
ATIVIDADE PROPOSTA:

1)MARQUE O X NO QUE A PRÓ PEDIR.
□MORANGO □MELÃNCIA □MANGA □GOIABA □BANANA □UVA
□MELÃO □PINHA□ PÊRA □LARANJA
No primeiro momento explicamos que ali era uma lista de frutas. Pedimos que eles apontassem a palavra melancia. Neste momento cada aluno estava com uma listagem das frutas.
Depois que cada um marcou o nome que havíamos sugerido, fizemos algumas intervenções.
FELIPE marcou a palavra LARANJA, já a MANOELA, MARIA EDUARDA, DOUGLAS marcou a palavra MORANGO. QUÉLITA, MELÃNCIA/, ESTEFANI e VALÉRIA, MELÃO.
INTERVENÇÃO: Porque vocês acham que aí está escrito a palavra MELÃNCIA?
RESPOSTA DE TODOS: Porque começa com M, mostrando os com o dedo a letra M.
INTERVENÇÃO: Mas esta a ficha de MANGA, e esta, a ficha de MORANGO, e esta, a ficha de MELÃNCIA, todas começam com a letra M, e todas estas é o nome de MELÃNCIA?
RESPOSTAS: Não.
FELIPE apontou a letra L e afirmou que era um M. Percebemos que o mesmo se encontra na fase de reconhecimento de letras.
3º MOMENTO:
Apresentamos a eles as fichas somente com os nomes que eles marcaram na listagem. Novamente falamos que era uma lista de frutas e que apontasse o nome de MELÃNCIA.
Dessa vez FELIPE pegou um novo cartão, com o nome de MELÃO.
Porque você pegou este aí e não este? Havíamos apontado para o nome de LARANJA. Estas duas fichas têm palavras iguais?
Ele pensou e disse: --São iguais, mas esta, apontando para MELÃO, começa com M de MELÃNCIA. E esta, apontando para a letra L de LARANJA, e a M de MELÃO , são diferente.
DOUGLAS apontou a palavra MORANGO e disse que ali era MELÃNCIA. Porque tinha o M.
Pegamos a palavra MELÃO, E disse esta também começa com M. Aqui também é o nome de melancia?
RESPOSTA: Não. E apontou para MORANGO e disse essa é MELÃNCIA.
QUÉLITA e VALÉRIA, disseram que ali era o nome de melancia porque tinha todas as letras de MELÃNCIA. Apontou para o nome de MELÃNCIA, e leram assim, M- E-L- A- N -C –I- A.
Para concluir a atividade, confirmamos para o grupo que ali estava escrito o nome de MELÃNCIA, e fizemos uma leitura das frutas que estavam nas fichas.


Relatório individual: Ana Margarete Bezerra Costra
ALFABETIZAÇÃO: UM DESAFIO
A alfabetização por muito tempo foi vista como uma mera decodificação de códigos, fundado na relação entre fonemas grafemas. Mas hoje o conceito de alfabetização vai, além disso. E é através de estudos, baseado nas pesquisas de estudiosos, que acredito que o processo de alfabetização requer muito trabalho prático e interação com o meio; intervenções a partir de atividades intencionais escrita, além do contato freqüente com escrita convencional sendo esta essencial neste processo de alfabetização. Significa que para alfabetizar é preciso uma série de elementos que leva o aluno e aluna a pensar e refletir no sistema de escrita.
Na oficina de alfabetização com a Orientadora Geovana Zen, dialogamos muito sobre tais questões e percebi o quanto eu por muito tempo estive equivocada no conceito e dos elementos que permeiam a alfabetização. Tudo isto gerou em mim, um desequilíbrio, cheguei até a pensar que não sabia mais ensinar e me angustiei, pois, por muito tempo vinha fazendo algo errado. Mas agora depois desta formação, estou tentado acertar apartir das idéias novas trazidas por este curso.
Umas das coisas que eu aprendi e a considero muito importante; é que as crianças aprendem sobre o sistema de escrita quando participam de atividades de leitura. Antes eu realizava atividade de escrita e acreditava que meu aluno estava refletindo sobre. Agora eu já sei por que os meus alunos produzem tantos textos ao longo do ano, mas quando chegam ao final do quarto bimestre ainda estão escrevendo com tantos erros ortográficos. Com certeza eu realizei mais atividades de escrita do que de leitura.
Alfabetizar é realmente um desafio, pois precisamos está atentos em todos os processos de escrita por onde o aluno irá passar. Sendo assim, precisamos entender o que estabilidade de escrita, relação quantitativa e qualitativa que a criança faz. Para isso o importante e que as buscas para a ampliação tais conhecimento seja constante, pois, cada criança aprende de um jeito diferente e nós professores somos responsáveis para interpretar estas diferenças.
Penso que deve ter sido esta falta de conhecimento que senti dificuldade de planejar e aplicar atividade proposta neste curso. Pensava eu que a atividade a ser planejada, que gerasse problematização tinha que ser uma atividade difícil. Mas, durante as discussões , percebi que uma simples atividade pode ser desafiadora desde que pensemos na condição didática, e que é importante dar informações do que está escrito para que o aluno continue sendo problematizado; as intervenções também são fundamentais e intencionais, dessa forma estamos possibilitando que o aluno recorram ao repertório de palavras estáveis.
Ao realizar esta atividade percebi que se nós tivéssemos pensado neste repertório de palavras estáveis, com certeza Felipe (aluno que aparece no relatório da atividade) tinha tido mais avanço, e nós teríamos como problematizá-lo. E com certeza Felipe tinha de fato refletido mais sobre o sistema de escrita. Agora tenho certeza que as atividades a serem realizadas em minha sala de aula, terão outro sentido. Porque o importante é está aberto para estas novas aprendizagens que são muito significativas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PROJETO DE INCLUSÃO DIGITAL

Estamos vivendo em uma sociedade em que a tecnologia está cada vez mais em alta, o mundo está passando por uma revolução tecnológica, vemos casos positivos e negativos na Internet, e a população está inserida nessa mídia tecnológica. A sociedade de hoje esta cada vez mais atualizada, informada e interessada nos avanços da tecnologia. Sendo assim, inclusão digital vai além da apropriação da máquina. Estar incluído digitalmente é interagir, dialogar, socializar de forma que haja produção de conhecimento. Nas salas de aula nós professores devemos estar desenvolvendo Projetos de inclusão Digital. Dessa forma , passomos a colaborar de forma significativa para a aprendizagem dos nossos alunos e alunas.

domingo, 8 de novembro de 2009

ESCOLA: PROFª ANITA MARQUES DOURADO SITUADA NO POVOADO MEIA HORA MUNICÍPIO DE IRECÊ BAHIA - BRASIL PROFESSORA: ANA MARGARETE BIZERRA COSTA TURMA: 4º e 5° ANO
TRABALHO COM O LIVRO EDUCAÇÃO RURAL 2ª EIDÇÃO/ SUSTENTABILIDADE DO
CAMPO, FEIRA DE SANTANA, BAHIA – BRASIL – 2005

RELATÓRIO
Neste terceiro bimestre adotamos uma metodologia diferente na escola, optamos por trabalhar com uma experiência do município de Feira de Santana, chamada ficha do CAT/ Conhecer, Analisar e Transformar. Que visa em sua proposta, desenvolver um trabalho sistematizado, dentre todas as áreas específica para grupo Esta é uma experiência que envolve todos no espaço escolar e comunidade local. Além da busca para a construção de conhecimento, respeitando as diferenças e especificidades de cada aluno e aluna envolvidos, também visa formar indivíduos para o desenvolvimento sustentável.
Seguindo as orientações, em primeiro lugar, escolhemos uma temática, sugerido pela Coordenadora Jussara. Acatamos o tema Água na Vida da Comunidade, é sabido que a água é um bem natural não renovável; ainda sabemos que cientistas prevêem escassez de água para daqui a alguns anos. Para reforçar nossa decisão o nome da comunidade em que moramos, tem tudo haver com o tema; foi aí que percebemos o quanto foi positivo trabalhar á partir da realidade local partindo para o global. Apresentamos aos pais dos alunos e das alunas, o que pretendíamos trabalhar neste bimestre e fomos em frente.
A partir do tema iniciamos um trabalho de análise. Resgatamos e sistematizamos a história da comunidade através de pesquisas e entrevistas; coletamos dados. Uma vez que nós, professores já conhecíamos a história tornou-se mais fácil o trabalho, pois, sabíamos onde exatamente começar. E assim o trabalho foi tomando direção para todas as áreas. Ex: Em português, trabalhamos com a escrita através das produções dos relatórios das pesquisas texto, permitiu trabalhar com gramática, vários gêneros textuais, além de trabalhar com a oralidade no momento da socialização dos trabalhos.
Em matemática permitiu se trabalhar as necessidades reais que o grupo apresentava; tais como, sequência numérica, números por extenso, cálculos, problemas envolvendo as quatro operações, medidas de comprimento medidas de capacidade, porcentagem, tabelas e gráficos, etc.
Ciências: Foi possível, trabalhar com a escassez de água no mundo, quantidade de água potável planeta, água no corpo, doenças causadas através da água, poluição das águas, tratamento, etc.
Filosofia: Possibilitou trabalhar com músicas diversas que abordava o tema, reflexão da mesma, análise crítica sobre o porquê de economizar água, analise para debates dos textos produzidos através das pesquisas na comunidade sobre, a história do nome do nosso povoado, reflexão sobre a questão do gênero, a mulher é que pega água, etc.
História: Oportunizou o trabalho sobre o que é patrimônio histórico, água no período colonial, escravos, quem pegava água da fonte, etc
Geografia: observação e estudo com Mapas, localizando os rios, enfocando no Rio São Francisco, quantidade de água no planeta a partir da observação no Mapa Mundi, etc.
Nesta primeira parte da ficha trabalhamos com a perspectiva de transformar algo na comunidade local. Como estávamos trabalhamos com a história do nome do povoado que teve tudo haver com água (Em 1979, alguns moradores que aqui habitavam, estavam cansados de buscar água a uma distância de quatro quilômetros, marcou data e local para cavar um poço a mão. E em Meia Hora e este deu água. Neste local foi construído um tanque, que por muito tempo matou a sede da população, daí surgiu o nome da comunidade, Meia hora). Então queremos transformar este antigo tanque em patrimônio público histórico.
Para que pudéssemos conseguir realizar o transformar do nosso projeto, escrevemos ofícios, cartas, para o poder público, Prefeito, secretários, solicitando a ação. Ainda estamos esperando respostas, esta será divulgada no final da segunda parte da ficha.
Para fechar esta primeira parte da ficha, realizamos uma exposição de tudo que foi trabalhado com os alunos: Cartazes com informações importantes, sobre a água no planeta e em diversos ângulos. História da água na comunidade, apresentações de músicas trabalhadas, vídeos, etc. Realmente tudo bem planejado. O mais importante é saber que tudo aquilo que estava exposto era o que os alunos tinham aprendido, era o trabalho das crianças que estavam ali. Mas o que angustiou, foi chegar o dia da tão esperada exposição e não comparecer nenhum pai e nem mãe para apreciar o trabalho de um bimestre inteiro.

Considero um trabalho muito positivo, a começar pelo título que escolhemos, pois, sendo o bem sugestivo e voltado para uma problemática, tanto a nível mundial como local. Os alunos e alunas adquiriram conhecimentos eficazes sobre o tema, mas sempre tem aqueles alunos que não se envolvem com a aula, infelizmente nestes, não percebi muito envolvimento, consequentemente também houve pouca aprendizagem, mesmo fazendo reforço com estes alunos, percebi pouco avanço. Considero como ponto negativo, a ausência dos pais tanto nos trabalhos individuais que vão para casa como nas apresentações e fechamento das atividades.
Os trabalhos foram bem elaborados, mas infelizmente encontramos dificuldades na execução de algumas atividades, não por parte da gestão e equipe escolar, esta esteve sempre presente em busca de materiais em tudo o que nós precisávamos se estava a seu alcance, era resolvido. Os planejamentos foram muito produtivos bem interligados e sistematizados. Mas por parte da gestão pública; tanto na falta de incentivo como também na parte financeira, pois acredito que estes sejam muito importantes quando queremos uma educação de qualidade. Pois, como diz Pedro Demo (1941) Educação passa a ser o espaço e o indicador crucial de qualidade, porque representa a estratégia básica de formação humana. Sendo assim, acrescento. Para que haja um bom trabalho, é preciso que todos os envolvidos.
Com certeza esta é uma metodologia que sendo bem planejada, os resultados aparecem, ainda fez com que eu planejasse fazendo uma interligação entre as matérias. Tornando o conteúdo mais claro de ser entendido pelas alunas e alunos. Esta é uma metodologia que deverá se estender por todos os anos.

sábado, 31 de outubro de 2009

IMPORTÂNCIA DO TRABALHO COM O GÊNERO TEXTUAL

Sabemos o quanto o uso e valor da linguagem são exigidos determinados, perante as demandas da sociedade, requer leitura e escrita cada vez mais eficaz. Sendo assim a escola deve se preocupar mais ainda com o que tem para oferecer de acesso ao conhecimento, viabilizar práticas onde o aluno possa ter contanto com um universo de textos, e escolher-lo o gêneros adequado conforme sua necessidade. Esta deve ser uma prática sistematizada em todos os anos escolares, desde educação infantil.
Escolhemos o gênero poema, porque já temos um trabalho sistematizado onde são trabalhados todos os anos nesta escola. (Anita Marques Dourado). Sentimos nos seguras em está nos compartilhado um trabalho possível de ser realizado; e acreditamos que, sendo bem planejado, visando realmente às especificidades de cada grupo, para que de fato atenda a necessidade real de cada aluno inserido no grupo, a aprendizagem de qualidade tão desejada acontece.

TRABALHANDO COM GÊNERO TEXTUAL POEMA
Esquemas didáticos possíveis de trabalhar com o gênero textual poema

1. Organizar a presença freqüente e constante de poemas, canções, refrões, adivinhações, versinhos, etc. Em aula.
2. Selecionar a poesia que será lida/ escrita de acordo com as necessidades do grupo, com a qualidade do texto, o interesse do conteúdo, adequação aos temas de trabalhos. (temas transversais).
3. Leitura expressiva pelo professor, enfatizando a rima, o ritmo, a musicalidade do poema. Comentário coletivo: Sentido do poema, relação do sentido com as imagens poéticas, a beleza, o ritmo, a rima, etc. Comentar a estrutura do poema.
4. Memorização e recitação. Na recitação do poema, respeitar o ritmo, a entonação, o respeito as característica do poema.
5. Leitura e interpretação pelos alunos. Se o poema for memorizado, a atividade de lê-lo é muito útil para a aprendizagem das características do sistema alfabético e da decodificação. Ao saber o que o poema diz, a criança pode deter-se na análise da relação entre o que diz e o que está escrito, vendo a correspondência entre o som e a escrita: Tamanho, variedades, letras conhecidas, etc.
Se o poema não está memorizado, ao lê-lo, deve se observar suas características: Separação em versos rima estrofes, ordenação da frase, etc. Além disso, a interpretação do poema requer com freqüência explicações adicionais e comentário do sentido figurado associações poéticas entre objetos e imagens, comparações, etc.
Um poema conhecido, ou memorizado, permite uma atividade muito rica como a de reconstruí-lo a partir dos fragmentos desordaenados pelo professor, usando os indicadores textuais (Maiúscula, localizadores temporais, etc).
6)Escrita e reescrita do poema:
Em poemas memorizados:
As crianças podem escrever o título, completar lacunas no texto, etc.
Após recordar o poema, recitando-o,pode ser escrito individualmente ou por duplas.A reescrita de poema por dupla facilita o controle do que dita sobre a adequação do que se vai escrevendo,com correção entre iguais, no próprio processo de escrita.
Correção, passar a limpo, edição, se for o caso.
Criação de poemas originais:
Muitas vezes, os poemas lidos em aula possuem uma estrutura fácil e repetitiva: Quadrinhas, poemas encadeados, adivinhações, etc. Após observar, discutir, comentar, etc. Estas características, as crianças, a partir de cinco anos, podem escrever poemas originais á maneira do modelo, aplicando os mesmos recursos e características a outros objetos e/ou situações.

Com certeza há outras atividades que aqui não foram citadas. Mas acreditamos que este seja um pré-planejamento, e que para cada grupo desde a Educação infantil ao 5º ano, algumas destas sugestões atividades poderão ser realizadas nestes grupos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

COMPUTADOR PARA TODOS

O Governo Federal iniciou em 2003. O projeto computador para todos. Este é mais um projeto do programa inclusão digital, instalado na gestão do Presidente Lula. O objetivo principal possibilitar a população que não tem acesso ao computador possa adquirir um equipamento de qualidade, com sistema operacional e aplicativos em software livre, que atendam ao máximo às demandas de usuários, além de permitir acesso à Internet.
Quem adquirir o Computador para Todos, terá o direito a suporte, tanto para atendimento técnico (problemas com hardware, defeitos de fabricação, etc.), como para o uso dos aplicativos. Para facilitar a compra do computador, o Governo Federal disponibilizará linhas de financiamento mais viáveis.
O Computador para Todos deverá ser comercializado pelo preço máximo, ao consumidor, de R$1.400,00.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

CIDADE DIGITAL/ VIDEO

CIDADE DIGITAL

Cidade digital é aquela que apresenta em toda sua área geográfica infra- estrutura de telecomunicações e internet, tanto para acesso individual quanto ao acesso público disponibilizando à sua população informações e serviços públicos e privados em ambiente virtual. Este projeto tem como principal objetivo prover o acesso gratuito, veloz à população. Consequentemente melhorar a
qualidade de vida dos cidadãos.
Este conceito envolve a implementação de uma infra-estrutura de telecomunicações que proporcionará a conexão em banda larga à todos permitindo o acesso em qualquer ponto do município.
O ministério das Comunicações exibiu projeto para criar infra-estrutura de internet sem fio em 140 cidades, além das 20 que já existem no país.
Atualmente, a pasta toca projetos de banda larga pública nas cidades de Belo Horizonte e Tiradentes (MG), Piraí (RJ), Aparecida (São Paulo) e Santa Cecília do Pavão (PR), além de outros 15 municípios.
A cidade de Irecê na Bahia será a próxima cidade digital. O governo já aderiu este projeto que já está iniciado as suas primeiras ações. Nesta primeira fase serão conectados em uma só rede; os órgãos públicos, e em uma das praças desta localidade.
A segunda fase dependerá dos gestores do município. E com certeza Ainda existirá uma grande demanda com os setores privados.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

INCLUSÃO DIGITAL


Quando ouvimos falar em inclusão digital, pensemos que só em está manuseando a máquina, ou quando chegam para as escolas vários computadores, ou, instalar um telecentro em cada comunidade. Mas estar incluído digitalmente é mais do que isso, não basta só manusear a máquina, mas viajar no mundo através dela, passeando em vários ambientes, buscando abusando das possibilidades. Mas a sociedade como um todo precisa também fazer parte desse mundo digital contemporâneo. Por isso, só instalado telecentros e alguns computadores nas escolas não basta. É preciso que o governo desenvolva projetos que realmente saia do papel, e que cheguem à maior parte da população.
Os governantes alegam que projetos deste nível custam muito caro, mas nos sabemos que todos os dias políticos corruptos metem a mão nos cofres públicos, arrancando assim a oportunidade de muitos brasileiros poderem está se conectando com mundo.
Nas escolas os professores precisam ter passado por uma boa formação para que assim possam atender a sua clientela com segurança e determinação e fazer com que os mesmos tenham o acesso significativo as novas tecnologias.

terça-feira, 14 de julho de 2009

FILME VIDAS SÊCAS


Este filme traz uma realidade bastante comum no sertão nordestino: a fome a miséria. Omesmo retrata o sofrimento de uma família sem destino, sem casa, sem dignidade, foge da seca a proucura de uma vida melhor.
Baseado no Romance de Graciliano ramos, você vai se emocionar com a simplicidade do elenco. São cenas emocionantes. Não deixe de assistir e conheça Baleia um dos personagem do filme.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Um pouco do livro A Distância entre nós


ESTUDO DO LIVRO A DISTÂNCIA ENTRE NÓS, NO GRUPO DE ESTUDO LITERÁRIO/ GELIT. NO CURSO DE PEDAGIOGIA SÉRIES INICIAIS, NA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA/ UFBA.

A DISTÂNCIA ENTRE NÓS

“SERA ABRE A PORTA e basta uma olhada para a fisionomia abatida e encovada de Bhima para ela saber que a missão do dia anterior do tinha falhado. Ergue a sobrancelha interrogativamente e, em resposta, Bhima balança devagar a cabeça de um lado para o outro. Isso é o que Sera mais gosta em Bhima — essa linguagem sem palavras, essa intimidade que se desenvolveu entre ambas ao longo dos anos” (UMRIGAR, 2006, pag. 25)
Esse é mais um dos trechos que emociona o leitor ao ler o livro A DISTÂNCIA ENTRE NÓS de Thrity Umrigar, que mostra um retrato claro das diferenças sociais na índia. É um romance envolvente, intenso. Realmente fascinante.
Neste livro você irá conhecer Sera Dubash, indiana dona de casa. É Parse, uma casta privilegiada e de alto poder aquisitivo, mas apesar de ter tudo ela era uma mulher infeliz. Sempre escondendo da família as enumeras humilhações que passava com a sogra Banu e seu marido Feroz; um homem autoritário que busca em suas agressões, justificativas para seu ciúme doentio. Mas deste casamento nasceu Dinaz sua única filha.
Ao longo do casamento Sera convive com Bhima, empregada e confidente. Mesmo sendo o seu braço direito, esta não podia sentar no sofá da sua patroa. Mas Bhima estava sempre presente nos momentos de dor e solidão.
Mas um dia Sera teve que escolher entre a felicidade de sua filha e amizade de sua empregada. Maia neta de Bhima entra nesta história de corpo e alma, e a cada capítulo esta história vai ficando mais emocionante. Tenho certeza o quanto Thrity Umrigar, a autora deste livro tem muito que nos contar.

domingo, 12 de julho de 2009

PLANO DE AULA PARA ALFABETIZAÇÃO

foto: Alunos de Educaçâo infantil / Escola Municipal Ângelo Marques França.


Oficina de alfabetização com a orientadora Geovana/ curso de pedagogia UFBA Irecê- Ba.

INTRODUÇÃO
A escola aos poucos está percebendo a necessidade de aprimorar na tarefa de alfabetizar. E cada vez mais as redes investem em cursos de capacitação docente.
Sabemos o quanto, alfabetizar é difícil, mas também temos a consciência do quanto esta palavra é importante e ao mesmo tempo vital, à vida do cidadão; principalmente neste mundo globalizado que estamos hoje.
Muitos vertentes aparecem quando falamos em alfabetizar, as mesmas dificulta esse processo, são: Alunos numa mesma sala com hipóteses de escrita muitos distantes; a família que não acompanha; indisciplina dos alunos. Tudo isso favorecem para uma má alfabetização.
“... o fato de que os processos de ensino/aprendizagem sejam extremamente complexos – certamente mais complexos do que os de qualquer outra profissão – não impede, mas sim torna mais necessário, que nós professores, disponhamos e utilizemos referencias que nos ajude a interpretar o que acontece em aula...” ( Zabala, pag.15)
Zabala já afirma sobre a complexidade de ensinar e do aprender, mas, precisamos está em constante busca. Dessa forma, é necessário que pesquisemos em diferentes fontes, fazer muitas leituras, trocar idéias no espaço escolar, buscar ajuda na família, conhecer o aluno, este é muito importante, significa conhecer suas características e trazer para a sala práticas de leitura etc. Ainda não podemos esquecer que é dever da escola ensinar e é um direito da criança ler e escrever.
É neste contexto que, participando desta oficina de alfabetização, estamos reforçando o quanto é importante o processo de alfabetização e que precisamos de parâmetros para que urgentemente possamos levar e ou adquirir resultados positivos nas nossas escolas.
Assim, iremos fazer um trabalho proposto pela professora mediadora desta oficina de alfabetização. Onde iremos diagnosticar alunos do segundo ano escolar, para que possamos formar agrupamentos produtivos, ainda iremos aplicar uma atividade, que a mesma possa fazer os alunos refletir sobre a escrita. Dessa forma estamos dando ao aluno e aluna a oportunidade de pensar a respeito, reelaborar seu pensamento e argumentar, não esquecendo que tudo isso pode evoluir mais, se o professor elabora intervenções que levam as crianças avançar nas suas hipóteses.


APRESENTAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA E CONTEÚDO DO RELATÓRIO
A escola Ângelo Marques França, Situada no povoado de Meia Hora, a quatro quilômetros da sede, Irecê; atende no momento a quatro turmas, sendo que, uma de educação infantil 04 e 05 anos, as outras , são de 1º ao 5º ano . Assim as turmas são classificadas: 1º e 2º ano; 3º e 4º ano; 4º e 5º ano. Todas multisseriadas.
Resolvemos fazer este trabalho na turma, 1º e 2º ano, mas realizamos a atividade, apenas com os alunos do 2º ano escolar.
Para que pudéssemos saber de fato, em qual nível de aprendizagem de escrita, se encontrava os alunos, Preparamos uma avaliação diagnóstica, pois, esta norteou nosso trabalho mediando planejamento, dessa forma facilitou, no momento da elaboração dos objetivos.
Para este diagnóstico priorizamos a seguinte listagem, seguido de uma frase:
1-LAPISEIRA
2-CADERNO
3-LIVRO
4-GIZ
5- GOSTO DE GIZ COLORIDO
Já com o diagnóstico em mãos preparamos, ou seja, planejamos a aula a ser aplicada.

PLANO DE AULA

OBJETIVOS:
*Que os alunos possam refletir sobre a escrita a partir dos desafios encontrados e também através das intervenções da professora.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
1º MOMENTO: Apresentação do trabalho para turma
Consigna. Olá turma, hoje nós viemos novamente para participar um pouco da aula de vocês, mas, nós já trouxemos uma atividade uma atividade a professora regente irá para outro espaço com os alunos do 1º ano, neste caso vocês ficarão com conosco para realizarem uma ótima atividade que preparamos com muito carinho para todos.
Mas para a atividade ficar mais legal, iremos separar a turma em grupos, é aí que iremos precisar da ajuda de todos vocês tanto no silêncio, como para realizar a tarefa junto com o colega. Ok, então, vamos começar?
2º MOMENTO. Apresentação da parlenda
Nós trouxemos uma das parlenda que Vocês já conhecem que é a REI CAPITÃO.
Quem sabe? Então vamos todos de voz alta cantar a parlendas.
3º MOMENTO. Realização da atividade
Possíveis intervenções
*Qual é a parlendas que você vai montar? Qual letra que começa esta palavra que você falou? Então qual é o pedacinho que você vai pegar primeiro e agora? Esse é o nome que você está procurando?
*Como é que começa a parlenda? Quais as letras que você vai precisar para escrever esta palavra? Agora é você qual a palavra que vem agora? Quais letras você irá escolher?
* Com qual letra esta palavra começa? Qual é a próxima? Já terminou agora é o outro colega, mas você continuará ajudando.
Porque você quer tirar esta letra? Qual letra você acha que esta faltando?Então a pegue.


AGRUPAMENTOS:
Grupos com as hipóteses, silábico com valor sonoro + silábico alfabético
Grupos de alfabético + alfabético
Grupos com hipóteses, silábico com valor sonoro + pré- silábico.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
Os alunos irão fazer a montagem de uma parlenda já conhecida de cor pela turma:
REI, CAPITÃO,
SOLDADO, LADRÃO
MOÇO BONITO
DO MEU CORAÇÃO
O importante é oferecer aos alunos uma parlenda que seja conhecida e que a mesma seja curta. Assim estaremos proporcionando uma atividade que não canse os alunos e conseqüentemente, não os desmotive.
*A professora entregará ao grupo dos alunos: silábico com valor sonoro + pré – silábico, a parlendas escrita em pedaços (palavras). Eles não poderão deixar sobrar palavras.
*Ao grupo dos alunos silábico com valor sonoro e os sem valor sonoro, entregarei varias letras Para eles escreverem a parlendas. Um escreverá uma palavra depois o outro escreverá outra palavra e assim sucessivamente.
Ao grupo dos alunos alfabéticos, os mesmos receberão todas as letras da parlenda. Os mesmos não poderão deixar sobrar letras.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao diagnosticar e ao aplicarmos a atividade, pensamos que tudo isso veio a confirmar, o que acreditamos sobre a alfabetização; complexa e difícil... Mas percebemos que são atividades que levam realmente os nossos alunos a pensar sobre o sistema de escrita.
Na atividade diagnóstica consideramos muito produtiva é uma atividade que pode ser repetida não somente com o propósito de diagnosticar, mas também Para lavar a criança a pensar, esta com a intervenção do professor. Mas também ressaltamos que para a realização desta atividade deve ser individual. Sendo assim, pensamos: Como o professor pode fazer o uso constante desta atividade se quando fica com um aluno deixamos 25 ou 30 alunos na sala a solta? Mesmo se planejamos outra atividade para o restante do grupo, sabemos é difícil este tipo de atividade funcionar.
No momento da atividade diagnóstica, a aluna Brisa, para a palavra apontador escreveu APATADODO. Quando eu pedi para ler ela apagou dizendo que estava errado. Eu perguntei, onde? Élan apontou para as duas últimas palavras DA. Ficando assim APATADO. Neste momento percebi que com algumas intervenções ela escreveria quase convencional, não descobrindo apenas a letra N. Já na frase precisaria de muitas intervenções. Houve muitos destes casos interessantes.
A atividade com a parlenda foi muito interessante. Quando os alunos na hipótese alfabética, Marcos e Flávio, terminaram de montar a parlrnda, tinha sobrado a letra L e a O. A palavra SOLDADO e MEU e CAPITÃO estava faltando à letra A. O restante estava escrito assim: SAUDADO E MEO. Um deles disse: Pró está faltando a letra A. Mas eu respondi: Eu não disse que as letras estavam todas certinhas aí? Quando pedi para ler Flávio parou um pouco na palavra soldado. Mesmo assim seguiu lendo.
Quando terminaram de ler eu perguntei, o porquê dele ter parado na palavra no momento da leitura: Ele disse que parece não está certa. Assim continuei. O nome soldado. Ele pediu para eu falar novamente, e eu repeti a palavra.
Então ele disse que a palavra SOLDADO começa igual à palavra SOL.
Nesta hora eu perguntei: O que vocês vão fazer se sobrou a letra L e O? Na mesma hora ele colocou o L. Ainda falou: - Está faltando à letra O. Pedi para eles lêem novamente, mas não conseguiram perceber que a palavra MEU estava incorreta.
Nesta hora intervir, pedindo que ele escrevesse a palavra meu em um pedaço de papel. Na mesma hora ele retirou a letra O MEO, e colocou o U. Colocando a letra O no seu devido lugar.
Esta atividade a consideramos muito positiva e essencial para que o aluno pense e reflita sobre a escrita. Atividade deste nível que valoriza o agrupamento produtivo, as boas intervenções, deve ser repetida várias vezes durante a semana. Assim, dessa forma, contemplaremos todos, proporcionando avanços à maioria da turma.
Mas percebemos um fator negativo neste meio tempo, enquanto eu estava com uma dupla e a colega com outra, um aluno estava pulando de um lado, outro estava montando o seu olhando pelo o dos colegas, sem esquecer que eu estava com apenas 14 alunos, a pro regente estava com os alunos do primeiro ano no pátio, aplicando outra atividade.
Então eu pergunto?
- Como é que a uma professora consegue fazer muitas vezes uma atividade deste tipo., com uma sala de tantos alunos sem nenhuma outra ajuda. Ainda multeseriada, como é o caso desta sala que elegemos para este trabalho.
É possível alfabetizar a maioria dos alunos. Mas, dizer que todos podem ser alfabetizados é muito complexo afirmar. Quando sabemos que alfabetizar envolve vários vertentes.
Termino este texto com a fala de TELMA WEISZ, numa entrevista para a revista nova escola. Quando ela diz:
“Vejo a aquisição Do sistema de escrita – popularmente conhecida como alfabetização e que chamamos de alfabetização inicial- como parte de um processo. Mesmo os adultos nunca dominam os tipos de texto e estão sempre se alfabetizando. Ser alfabetizado é mais Do que fazer junções de letras, como B como A, BA.” (Nova Escola, pag. 29)

Ainda concluo dizendo que alfabetizar é necessário, mesmo sendo uma tarefa difícil e complexa. Pois, a sociedade nos cobra. Ainda se não conseguimos alcançar o nosso objetivo que é alfabetizar, iremos ser vistos como um ou uma professor ou professora incompetente.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
*Zabala, Antoni
A prática educativa: como ensinar / Antoni Zabala; trad. Ernani F. Rosa – Porto Alegre : ArtMed, 1 998.
1. Educação – Prática Educativa. I. Título.
*Nova Escola, REVISTA. Março de 2006.

CRÔNICAS NA SALA DE AULA

alunos e alunas do 4º e 5º ano, turma multiseriada. Professora Margarete. Escola Ângelo Marques França; Povoado Meia Hora município de Irecê.


OFICINA DE CRÔNICAS COM A PROFA. RUTHILDES MOREIRA DA FONSECA
PLANEJAMENTO DE AULA: COMO ABORDAR UMA CRÔNICA EM SALA DE AULA

INTRODUÇÂO
“A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo que sabe sobre a língua...” (PCN de português pág. 53.)
Trabalhar com leitura é necessário que esteja compreendido três tipos fundamentais de conteúdos: As capacidades de leitura, os procedimentos de leitura e o comportamento do leitor.
Na prática de leitura, esses conteúdos são mobilizados pelo leitor de maneira articulada. Mas para ser um leitor competente o mesmo precisa se envolver numa prática constante de leitura de textos diversos. Para que a leitura possa se tornar um objeto de aprendizagem, é necessário que faça sentido para o aluno.
O trabalho a seguir a ser apresentado, refere-se ao desenvolvimento e aplicação de um planejamento com um gênero textual crônicas, esse tipo de texto não é tão priorizado nas salas de séries iniciais, por ser considerado um texto de difícil compreensão.
Depois do trabalho feito na oficina de crônicas aonde vimos e trabalhamos, o como abordar a crônica em sala de aula, percebi que a mesma é possível sim está presente nos nossos planejamentos. Pois, a mesma muitas vezes vem fazendo críticas irônicas, que podemos estar relacionando com um assunto ou acontecimento.
Crônica a ser trabalhada: O PORCO de Jô Soares.
Escolhi esta crônica porque a mesma aborda e faz comparações com um animal bastante conhecido e próximo da realidade dos alunos desta comunidade que, ainda considerada rural, mas já apresenta alguns aspectos urbanos. Não esquecendo ainda que este texto trás um enredo que envolve o leitor do começo até o fim. Usarei este texto também para abordar um assunto que está em manchete em todos os jornais do Brasil e do mundo, mais uma preocupação mundial, que é a epidemia da gripe do porco.


Além do mais uma da característica desta crônica é fazer críticas de alguns comportamentos dos palarmentares brasileiros ex: o porco serve para... Principalmente serve muito para o presidente xingar os outros quando ele está muito brabo... A mesma apresenta humor, ironia, leveza.

ÁREAS A SEREM ABORDADAS: Língua Portuguesa, filosofia, geografia. TEMAS TRANSVERSAIS: Saúde e Ética.

APRESENTAÇÃO DA ATIVIDADE:
Através da crônica o porco de Jô Soares, os alunos e alunas irão perceber com a ajuda da professora as características da Crônica, como humor, crítica etc. Percebendo quando o autor trata de cada destas questões. Principalmente a questão da crítica ao presidente da época, também iremos relacionar com parlamentares dos dias de hoje.
Depois deste trabalho a professora irá apresentar o gênero textual que eles leram.
Logo após entrarei numa outra questão aproveitarei o título do texto para discutir um assunto que está sendo manchete nos telejornais mundial. Neste momento a discussão se dá em torno do conhecimento deles em relação ao assunto. A professora levará suporte referente ao assunto para enriquecer melhor a discussão

PLANO DE AULA
OBJETIVOS:
*Interpretar a crônica compreendendo o seu contexto crítico fazendo relação do texto com acontecimentos do seu dia a dia, com assuntos atuais, ou não.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
*Interesse por ler ou ouvir a leitura especialmente de Crônicas, compartilhando opiniões idéias e preferências;
*Leitura e interpretação de crônicas e socialização das experiências de leitura, fazendo uma contextualização com temas atuais.
ANO ESCOLAR: 4º E 5º ano (multesseriado)
TEMPO ESTIMADO:
*80 minutos

MARERIAL NECESSÁRIO:
*Cópia da crônica a ser trabalhada;
*Quadro de giz se for necessário
*Mapa mundi

DESENVOLVIMENTO
1º MOMETO.
CONSIGNA: boa tarde pessoal hoje eu trouxe um texto, onde iremos ler e depois conversar um pouco sobre como foi a leitura que fizemos
Vocês receberão o texto separarei os em duplas para que assim, possam está conversando com o colega tirando dúvidas.
2º MOMENTO
Depois da leitura a pró pedirá que os alunos e as alunas que se organizem em circulo.
POSSIVEIS INTERVENÇÕES
*E então gostaram do texto, porque sim e porque não?
* Qual parte do texto que lhe chamou mais atenção? Sentiu dificuldade ao ler, em qual parte?
*vocês conhecem que tipo de texto é esse?
*Esta é uma crônica é um tipo de texto que os autores destes, que são chamados de cronistas, usa de qualquer pretexto para fazer uma crítica, ou ironizar comportamentos etc.
* Perceberam que Jô Soares faz uma crítica irônica? Vocês poderiam apontar e ler qual parte do texto isso acontece? E para quem ele dirige esta crônica?
*vocês conhece alguma crônica e gostaria de socializar conosco?
Obs: Neste momento a professora estará instigando os alunos a socializar as suas idéias, no momento de cada intervenção ouvirei atentamente cada um farei anotações para servir de critério para a escrita do relatório final.
3º MOMENTO:
Obs: Chamarei a atenção dos alunos para o título do texto, O PORCO.
Possíveis intervenções
*Gente este título desta crônica também está sendo discutido mundialmente, em jornais, enfim, em todos os meios de comunicação. Vocês ouviram falar alguma coisa sobre este assusto? Vamos socializar?
Neste momento explorarei o máximo dos alunos sobre o que eles já sabem ex:
*Vocês já sabe muito. Que bom estão atentos, isso é muito bom, pois, dessa forma podemos está tomando os devidos cuidados.
*Então, sabe por qual país este vírus começou a se alastrar? E quais os países que já estão sendo infectados? E aqui no Brasil já há casos ou suspeitas...? Fale um pouco.
*Vamos localizar estes no mapa mundi, saber quais os continentes que eles pertencem, se algum faz fronteira com o Brasil ou está no mesmo continente que nós estamos localizados?
Depois destas intervenções e interação dos alunos e alunas, a professora irá ler para eles na integra toda a reportagem. Neste instante a mesma estará elogiando o conhecimento de todos.
Para encerrar, farei um momento de avaliação momento de avaliação:
*E aí gostaram da atividade? O que aprenderam sobre crônicas? Gostariam de ler e ouvir mais crônicas de hoje em diante?
*A crônica de hoje, além de nós conhecermos e nos deliciarmos com o seu conteúdo envolvente, o tema da mesma nos levou a discutir outro tema atual não foi? O que vocês acharam disso?Por quê?
*Se Jô Soares escrevesse esta crônica hoje, que assunto ele abordaria?
Muito bem, então vamos encerrar e prometo trazer muitas crônicas para vocês lerem e se deliciarem ou dar muitas risadas, enfim, ler e curtir- La. Ok.

RELATÓRIO




“Conscientize-se de que o ato de leitura realmente contribui para o seu autodesenvolvimento.” (Ezequiel T. da Silva.)
Cada vez mais estou convencida que precisamos oferecer aos nossos alunos e alunas estratégias diferentes de leitura, dessa forma estamos proporcionando, para o autodesenvolvimento da leitura, mais não esquecendo que precisamos também oferecer-los diversos gêneros textuais.
Avaliei este trabalho com o gênero textual crônica bastante produtiva, pois a aula aconteceu, conforme foi planejado, alguns imprevisto surgiram, mais não alterou nem diminuiu o desenvolvimento da aula.
Ao receber o texto os alguns alunos arriscaram dizendo que era um conto, outros disseram que deveria ser uma lenda, e assim o comentário foi fluindo. Neste momento interferi dizendo que era uma boa discussão, mas, iríamos fazer isso por partes, No primeiro momento nos dividiremos em duplas, onde um ler para o outro ouvir, depois troca de posição, conforme a dupla decidir. Ou faremos a leitura individual. Apenas dois alunos quiseram fazer individual, mas como todos estavam em duplas eles acabaram se juntando.
Enquanto eles faziam a leitura eu passava de cadeira em cadeira, observando a leitura, percebi que alguns alunos soltavam risos, um chegou até dizer que era muito engraçado.
Depois da leitura a eu perguntei se todos entenderam alguns alunos disse que não entenderam muito, neste momento eu pedi para ler mais uma vez, e eles ouviram atentamente, fiz uma leitura bem entoada, a mesma fez com que os alunos e alunas ouvissem atentamente e nos momentos que aparecia humor era uma gargalhada só.
Assim, iniciei a fazer as intervenções, neste momento seria inútil perguntar o que acharam do texto, com certeza diriam que é engraçado. Então várias conversas surgiram, no momento das intervenções. Um aluno disse que o texto fala do porco de maneira engraçada, ainda disse que ele já havia comparado também o nariz do porco com uma tomada; o outro colega continuou dizendo que o mais engraçado era a parte que diz: Não adianta ligar na tomada... Completou dizendo que tinha mais partes do que comparava.
Neste momento eu perguntei se eles ainda confirmariam que o texto era uma lenda ou conto etc. Mas no mesmo instante quase todos disse que não. Porque era diferente.
Algumas intervenções que não estavam prevista foram surgindo, o tempo todo:
*Vocês sabe como se dá o nome pra esse jeito de se comportar, dando risada do texto?
Todos responderam não, neste caso tive que falar um pouco sobre o gênero textual crônica, que as mesmas podem apresentar em suas características, o humor que é quando a mesma faz agente rir, quando fala de um jeito descontraído, como ele fala do porco o texto se torna leve, gostoso de ler. E então eu falei que o texto era uma crônica. Apenas dois alunos disseram que já tinham ouvido deste tipo de texto. Ainda falei que apresenta uma principal característica e ainda não fora percebido no grupo.
Apesar de todas essas conversas percebi que os alunos não estavam sabendo o que era uma crítica, neste caso era difícil apontar criticidade no texto, e principalmente a quem era direcionados. Então perguntei se todos tinham lido a última linha do texto onde está escrito: HUMOR NOS TEMPOS DO COLLOR...
Como eu já sabia que os alunos estavam fazendo uma linha do tempo dos presidentes do Brasil até nos dias de hoje. Pois sou a professora formadora da escola, e acompanho todos os planejamentos. Perguntei quem foi Collor, e todos disse como eu havia previsto. Foi aí que eu achei uma abertura para falar:
-QUEM GOSTARIA DE LER ALGUMA PARTE DO TEXTO ONDE O AUTOR MECIONA O PRESIDENTE?
-VOCÊS ACHAM QUE O PRESIDENTWE COLLOR GOSTOU DO QUE JÔ SOARES FALOU? POR QUÊ?
- CONHECENDO O COMPORTAMENTO DE ALGUNS REPRESENTANTES POLÍTICOS HOJE, VOÇÊ ACHA QUE E O AUTOR DO TEXTO FALOU ALGUMA INVERDADE? VOCÊS PODEM COMENTAR SE QUISER, PARA REFORÇAR E JUSTIFICAR SIM OU NÃO COM ALGUMA PASSAGEM VISTA NA TELEVISÃO OU RÁDIO, ETC.
Depois desta discussão que foi muito rica e proveitosa, eu expliquei-os que isso que o texto faz é uma crítica. Ainda fiz a diferenciação entre uma crítica ser ou não construtiva.
Quando eu abordei o tema atual, a gripe do porco todos já sabia sobre tudo, até os países já contaminados eu só entrei com as notícias mais recentes e número de pessoas que estão confirmados contaminados e até números de mortes.
O trabalho foi ótimo os alunos e alunas opinaram, participaram da aula, etc. Apenas alguns alunos começaram bagunçar, mas foi inútil a maioria estavam muito envolvidos.

A PROUCURA DE UM CRONISTA EM IRECÊ
Fui procurar Pedro professor da rede Municipal de Irecê, atualmente está trabalhando no colégio Marcionílio Rosa. E leciona no Colégio Luis Eduardo Magalhães, sendo este estadual. Dar aula de língua inglesa, o mesmo tem licenciatura plena em inglês.
Ele é graduado em letras e filosofia também tem pôs graduação em letras. Fez mestrado em letras, mas não concluiu alguns trabalhos finais, ficando assim de fora da formatura.
Já viajou muito pelos países da América do Sul, alguns países da África e residiu por alguns anos em Portugal, lugar onde encontrou e casou-se com sua esposa onde até hoje.
Especialmente ele afirmou que não escreve só crônica mais escreve poesia, sonetos. Já publicou as crônicas para os jornais e revistas em São Paulo, e publicou também para o jornal cultura e realidade de Irecê.
Para escrever o mesmo revelou que muitas vezes se valia de alguma coisa banal para criticar ou elogiar alguma coisa ou alguém. Sendo as principais preferências para escrever, são os assuntos relacionados à Política, economia, social, Ecologia, Sociologia.
A última crônica escrita foi uma homenagem a o saudoso Doutor Hermenilton, cidadão de Irecê. Foi o mesmo que praticamente fundou a biblioteca inserida no espaço UFBA. Ele disse que foi muito criticado quanto ao, disseram que ele foi muito erudito e profundo. Mas que o desfecho muita gente gostou.
No momento não pode disponibilizar algumas crônicas, pois alegou que com mudanças de casas perdeu uma pasta que continha mais de duzentos e cinqüenta cópias do seu trabalho. Entre eles havia recortes de todos os jornais e revistas que publicava seu trabalho. Alguns únicos textos que ainda tinha ele emprestou a algumas das cursistas que a procuraram antes.
Avalio este trabalho como bastante produtivo, posso dizer que estou com certeza enxergando a crônica com outros olhos, defendendo que a mesma precisa estar sim, nas salas, mesmo as de séries iniciais, basta que nós professores saibam selecionar as propícia para cada turma. Dessa forma o nosso alunado só estará aumentando o repertório dos diversos tipos de textos.

sábado, 27 de junho de 2009

SOFTWARE LIVRE

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO/FACED/IRECÊ
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA ENSINO FUNDAMENTAL
SÉRIES/INICIAIS
ANA MARGARETE BIZERRA COSTA
ELIANA TOMAZ DA SILVA
JALCINEIDE MARIA PEREIRA




RELATÓRIO DA PESQUISA DE CAMPO




Relatório da pesquisa de campo
Relatório da pesquisa de campo, apresentado como requisito de avaliação do curso de Licenciatura em Pedagogia Ensino Fundamental para Series/Iniciais, Universidade Federal da Bahia (UFBA) Faculdade de Educação FACED/Irecê, sob orientação da professora Maria Helena Bonilla na atividade de Software Livre: a cibercultura em Irecê.

Apresentação

Participando da atividade Software Livre com a Professora Maria Helena Bonilla, oferecida no curso de Licenciatura em Pedagogia Ensino/Fundamental Séries Iniciais pela Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) tivemos a oportunidade de estudar, com o intuito de conhecer melhor o programa de Software Livre existente e tão pouco divulgado e propagado como ferramenta de inclusão digital. Através dessa atividade surgiu a oportunidade de realizarmos uma pesquisa de campo, para aprimorarmos nossos conhecimentos tecnológicos dentro de uma perspectiva de conscientização voltada para o uso do mesmo.

O presente estudo apresenta um relatório da pesquisa de campo realizada, com um mapeamento dos lugares visitados, através de texto descritivo, citando a atual situação no município de Irecê, trazendo as leis, os projetos, bem como o uso do software livre na esfera pública e privada. A proposta foi a de trabalharmos em grupos de três para facilitar o desenvolvimento da atividade e sistematização de experiências e expectativas, além de nos possibilitar uma participação efetiva/ativa de cada um/a nos ambientes visitados e pesquisados.

As articulações dos trabalhos estão sendo realizadas através da lista de discussão no e-mail
(ufba-irece@yahoogrupos.com.br), com contribuições reflexivas no fórum, moodle e blog. A professora e orientadora Bonilla acompanham todos os passos, e passa orientações através desses ambientes interativos.


INTRODUÇÃO

Este documento tem como propósito apresentar o resultado da pesquisa de campo realizada por aluno/as da Turma 2, Ciclo Dois do Curso de Licenciatura em Pedagogia Ensino/Fundamental Séries Iniciais da Universidade Federal da Bahia (UFBA), proposto pela professora Maria Helena Bonilla, através da Atividade 2215, Software Livre. Além de termos como objetivo a realização de uma pesquisa de campo, com participação dos atores envolvidos no processo, trabalhamos com a finalidade de adquirirmos conhecimentos, através das análises das estratégias do governo e o direcionamento para implantação de projetos de migração dos ambientes computacionais proprietários para o software livre, pelos órgãos municipais, estaduais, federais e também empresas privadas. Dessa forma, estamos nos conscientizando das vantagens operacionais e financeiras contidas no programa.

“O software livre é um movimento que teve inicio na década de 80, e a UFBA vem fazendo parte deste processo, no que se diz respeito ao uso e divulgação. Entretanto, uma parcela significativa da sociedade em geral, ainda é leiga no que se refere ao programa, daí uma necessidade de expansão de seu uso. Com o estudo e as entrevistas realizadas na pesquisa de campo, percebemos que a implementação do programa implica uma melhoria da articulação sociocultural e econômica do país, a fim de conseguirmos resultados significativos. Daí a importância de levarmos ao conhecimento de nossos alunos (pensando numa esfera menor e ao mesmo tempo mais receptiva a mudanças), afim de que se mobilizem criticamente, e desde já, sejam defensores e usuários freqüentes.

O software livre corresponde a um programa de computador, com características especificas. Ao contrário do hardware (monitores, impressoras, mouses, placas, memórias etc), o software não é algo físico e, por isso, não sofre desgaste ao longo do tempo. Um software é, portanto, uma estrutura lógica, um programa que realiza funções dentro de um sistema computacional. “E é, geralmente, desenvolvido por programadores que utilizam linguagens de programação para construí-lo”. (CARTILHA... 2005 p.24)
É dessa forma que podemos pensar em software livre, reforçando o que trata de liberdade de expressão. O mesmo se refere à liberdade que os usuários tem de executar, copiar, distribuir, estudar, modificar e aperfeiçoar o programa, tendo acesso ao código fonte. Portanto, compreendemos que temos um grande desafio como educadores, que é o de vermos o software livre com um novo olhar, proporcionando oportunidades de conhecimentos e vivência em um espaço essencialmente colaborativo. Para que isso de fato aconteça, devemos buscar continuidade de formação através das políticas públicas com a implantação de mais tabuleiros digitais e telecentros com o objetivo de favorecer nossos alunos, através de cursos básicos e pesquisas escolares.
A experiência que tivemos com este trabalho, além de nos aproximar dos ambientes, fez com que ampliássemos a nossa visão a respeito da migração do software proprietário para o software livre, desde que venhamos a fazê-lo a partir de uma concepção que vá além do treinamento técnico, buscando um processo pedagógico, que respeite o usuário, baseado no diálogo e na construção democrática de cada ambiente.

DESENVOLVIMENTO DAS PESQUISAS DE CAMPO


O Governo Federal vem se empenhando bastante no sentido de desenvolver projetos que contribuam com a cidadania, através de acessos aos meios tecnológicos de produção, informação e conhecimento. Relacionar políticas de inclusão digital e o movimento do software livre é fundamental para atingir as metas e iniciativas pelo desenvolvimento sustentável do país, de combate à pobreza e a integração social ao mundo informatizado. O software livre contribui para que pessoas de baixa renda também tenham acesso à internet, sem contar que este programa facilita o reaproveitamento de máquinas.

O Projeto Software Livre Brasil é uma iniciativa não governamental que reúne instituições públicas e privadas do Brasil: poder público, universidades, empresários, grupos de usuários, hackers, ONGs. O principal objetivo é a promoção do uso e do desenvolvimento de software livre como uma alternativa de liberdade de expressão, econômica e tecnológica. Estimulando o uso de software livre, o projeto investe na produção e qualificação do conhecimento local a partir de um novo paradigma de desenvolvimento sustentado e de uma nova postura, que insere a questão tecnológica no contexto da construção de mundo com inclusão social e igualdade de acesso aos avanços tecnológicos.

Analisando as vantagens do SL alguns estados já aderiram ao projeto, implantando-o em seus órgãos públicos. A Bahia é uma prova real disso com a implantação do Projeto Software Livre Bahia (PSL-BA). Na Cartilha de Software Livre projeto software livre Bahia (2ª edição abril de 2005), diz que:
“O Software Livre é a nossa chance de tornar a tecnologia nossa aliada no desenvolvimento nacional. O Governo, sensível a essa oportunidade, vem incentivando cada vez mais o uso de Softwares Livres nas repartições públicas, reduzindo drasticamente os custos com licenças de software proprietário. Sendo que a economia deste recurso poderá ser redirecionada para investimentos em tecnologia nacional; ou até mesmo para setores mais problemáticos, como a saúde e a educação, minimizando a injustiça social”.

A Empresa Baiana de Água e Saneamento S.A (Embasa), nos dá uma prova concreta de lucros com a migração do software proprietário para o software livre, nos informando que a mesma já economizou entre 4 a 5 anos, 3 milhões de reais. Não foi só pela economia que a empresa aderiu ao SL, mas também por ser um programa imune a vírus, isento de pirataria. E por ser livre podem ser adaptadas as necessidades da empresa. Através desta entrevista ficamos sabendo que muitas empresas que fazem uso do software proprietário, fazem uso de um aplicativo Linux, para poder filtrar informações e evitar vírus. Fazendo uso de suas atribuições, com objetivo de implantar projetos de inclusão digital, como também fazer valer o que está posto nas leis federais e estaduais para garantir aplicações das políticas públicas educacionais.

O município de Irecê incluiu e elaborou a Proposta de Ementa à Lei Orgânica de forma a adequar-se ao estatuto da cidade e evitar conflitos com o Plano Diretor, Lei nº 15/2008, o Projeto de Implantação de Software Livre em todo Município de Irecê. Esse projeto tem como objetivo principal: ampliar o acesso dos cidadãos aos meios digitais de produção e disseminação de informações e conhecimentos e não apenas de consumo dos produtos informações através do uso das TICs; (PLANO DIRETOR, IRECÊ, 2008).

Antes de o Plano Diretor ficar pronto, Irecê já havia sido contemplado com o uso do SL através do Projeto Conexões Ciberparque Anísio Teixeira, com o Ponto de Cultura e o Tabuleiro Digital. Com a pesquisa de campo que realizamos percebemos que a utilização do Software Livre para alguns dos nossos entrevistados se deve ao fato de não ter custo e não permitir a pirataria. Usado ainda de forma tímida, apenas alguns aplicativos, tanto empresas públicas, quanto as empresas privadas, salvo a EMBASA e o Ponto de Cultura que demonstram segurança e conhecimento ao falar do programa e aplicativos, assim como também das políticas públicas municipais, estaduais e federais.

Capitulo VIII, Da Ciência e da Tecnologia, Art. 15. “São diretrizes especificas do desenvolvimento da ciência e da tecnologia, articuladas com as demais áreas constantes deste documento e, em especial do titulo III das Diretrizes Especificas para o Desenvolvimento socioeconômico” (PLANO DIRETOR, IRECÊ, 2008): No parágrafo I desse mesmo artigo determina a criação de um centro de pesquisa municipal articulado com as escolas municipais, estaduais, universidades públicas e outros setores públicos e privados, para o desenvolvimento de pesquisas voltadas para o desenvolvimento social. Dessa forma, percebemos que projetos como estes, vêm contribuindo com atividades pedagógicas tanto da rede pública, quanto da rede privada.

Em visita à Escola Municipal José Francisco Nunes, localizada no povoado de Itapicurú, Irecê BA, percebemos claramente a importância do software livre para estudantes e Comunidade no acesso a internet em parceria com as atividades pedagógicas. Lá as dificuldades com a manutenção são poucas, pois têm um professor apto para lidar com os programas. Quando necessário, eles chamam
pessoas do Ponto de Cultura ou Ciberespaço Anísio Teixeira para ajudar naquilo que estiver fora do alcance de seus tutores.

O professor Nelson Rodrigues da Cruz Junior, demonstra segurança e satisfação quando ao uso do SL no que diz respeito às vantagens do mesmo. Portanto é desenvolvido um trabalho independente na escola de Itapicurú sobre as tecnologias, dando enfoque à comunicação, utilizando o programa LINUX/ubuntu, onde sempre que é acessada a internet, ele fornece as atualizações gratuitamente. E quando surge algum problema com hardware, é fornecida em poucos dias pelo Ponto de Cultura.

Em uma das empresas privadas que visitamos (Lojas Maias), percebemos uma enorme dificuldade por parte tanto da gerência, quanto dos demais funcionários entrevistados. Demonstraram através das respostas às perguntas feitas pelo grupo, insegurança para falar do assunto, falta de conhecimento e desinteresse para divulgação do programa. Os mesmos ainda acrescentaram que, não é interessante para empresa vender um equipamento, com um programa, onde o próprio cliente em poucos dias volta para devolvê-lo, alegando falta de suporte técnico. Percebemos ainda com as pesquisas de campo nas empresas privadas que fazem uso do SL, o desconhecimento das políticas públicas, voltadas para o programa, tanto no âmbito das esferas municipais, quanto nas estaduais e federais.

CONCLUSÃO

Através desta atividade não podemos deixar de salientar o nosso reconhecimento da necessidade de estarmos constantemente estudando para inovar nossos conhecimentos. Nesse sentido, cabe a nós educadores, repensar o contexto fazendo o uso das ferramentas tecnológicas, encarando as problemáticas existentes, sem perder o foco de inserção em um processo de aprendizagem com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento intelectual, social e cultural de nossos educandos e também para nós educadores.
Neste ponto, contamos com a ajuda do Ponto de Cultura que vem desenvolvendo várias ações, para a divulgação do SL na região, sendo elas através de palestras, oficinas, eventos; tais ações já foram realizados neste município, como por exemplo, a 1º semana de SL na cidade de Irecê, dentre outros eventos desenvolvidos ao longo de sua existência.

Sendo assim, temos a certeza que várias ações estão surgindo, mas, ainda, são poucos os profissionais para dar o suporte necessário, principalmente nas escolas, capacitados para esses fins, impossibilita a realização de um trabalho com bons resultados de aprendizagens. Entretanto, percebemos que ainda há ações, pouco articuladas que trouxeram avanços significativos na oferta de acesso, mas pouco avançou no estabelecimento de uma maior articulação dessas mesmas ações entre si e, principalmente, com a educação.

Do ponto de vista do grupo, embasado em alguns teóricos, o Software Livre é a principal alternativa dos países pobres para que a inclusão digital de fato se concretize, reduzindo desperdícios e gerando novas atitudes no âmbito econômico e cultural. Para que dessa forma a sociedade possa acompanhar as evoluções tecnológicas, dando condição à expansão do Software que é livre.

Referencias:
LIVRE, Cartilha de Software / projeto software livre. Bahia, Abril 2005.

PRETTO, Nelson De Luca. Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder / Nelson De Luca Pretto, Sérgio Amadeu da Silveira : organizadores.
– Salvador: EDUFBA, 2008.

Site: www.Softwarelivre.org/thepprojet. php, Maio, 2009.
Site: www.wiki.dcc.ufba.br/PSL/Nascimento PSLB, Maio, 2009.

ANEXO

Alunos no telecentro de informática no Povoado de Meia Hora em 2008


sábado, 25 de abril de 2009

ESTUDANDO SOFTWERE LIVRE

“... Software Livre é uma questão de liberdade não de preço...”
(Manual do monitor / apoio, pg.11.)

E é dessa forma que podemos pensar em Software Livre, ainda reforçando com “liberdade de expressão.”
O mesmo se refere à liberdade de seus usuários executarem, copiarem, distribuírem, estudarem, modificarem e ainda aperfeiçoarem o programa. Assim podemos dizer que o software é livre; porque não monopoliza o conhecimento dos seus usuários, assim como faz o Software proprietário.
Com tantas vantagens o Software Livre ainda entrega em nossas, mãos o acesso ao código-fonte. Dessa forma podemos fazer modificações publicações aperfeiçoadas no programa, de modo que venha contribuir, para todos os seus libertos usuários.
Estudos em grupo. Margarete, Eliana e Jaucineide.